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Covid-19. “Antes de julho vamos largar as máscaras”, aponta especialista

É possível que ainda antes de entrarmos no mês de julho, as máscaras deixem de ser utilizadas. Quem o disse foi Pedro Simas, virologista do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em declarações à ‘TVI24’.

Segundo o responsável, quando Portugal tiver “60% da população vacinada podemos libertarmo-nos da máscara para sempre”. Tendo em consideração que atualmente, já existe cerca de “45 a 50% de imunidade populacional, o que já é um muro muito alto de proteção”, esse objetivo pode ser alcançado em breve.

“Penso que antes de julho vamos largar as máscaras porque vamos ter o exemplo dos outros países”, disse o especialista ao canal televisivo, sublinhando que o descarte do uso de máscara terá de ser gradual, sendo atualmente ainda necessária a sua utilização, porque Portugal encontra-se “numa fase de transição”.

“Neste momento, temos, felizmente, em Portugal, os grupos de risco todos protegidos com a vacinação, ou virtualmente todos, o que dá uma liberdade extra”, disse Pedro Simas. “Sabemos que a taxa de reinfeção de pessoas vacinadas ou que estiveram infetadas é muito pequena”, no entanto, “esse comportamento, de não usar a máscara, ainda pode induzir em algum aumento de infeção”, adiantou o responsável, citado pela ‘TVI24’.

Numa perspetiva de futuro, o especialista do IMM prevê que a Covid-19 se transforme num vírus “sazonal”, continuando “a existir no mundo como os outros quatro coronavírus”. “Sem querer ser mal entendido, o que vai acontecer é que a certa altura vamos ter de deixar o vírus circular, até para ir aprimorando [com as variantes] a imunidade que se alcança com as vacinas”, concluiu Pedro Simas.

Opinião contrária tem o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que garantiu no sábado que Portugal não está a equacionar a dispensa do uso de máscara por parte de pessoas vacinadas, devido à falta de robustez científica para avançar com essa medida.

“Tomámos a decisão de, mesmo após vacinação, manter a máscara, manter distanciamento e, portanto, manter as diretrizes da Direção-Geral da Saúde (DGS)”, afirmou António Lacerda Sales, nas Caldas da Rainha, considerando não haver “ainda robustez científica naquilo que é a possibilidade de transmissibilidade [do vírus], nomeadamente nos assintomáticos”.

Questionado pela Agência Lusa, o secretário de Estado sublinhou que, após vacinação, “o que há de robustez em termos científicos é que há uma imunogenicidade, por assim dizer, contra doença grave”. Mas, afirmou, o país não tem ainda “definição quanto a esse processo”, de a máscara poder vir a ser dispensada após vacinação.

“Bem pelo contrário”, o que o Governo recomenda é que “se mantenha o distanciamento, que se mantenha a máscara”, recomendações que Lacerda Sales acredita serão “as indicações nos próximos tempos”, embora com a evolução dos conhecimentos científicos em relação à covid-19, os procedimentos “possam vir a ser adaptados e adequados a novas normas”.

fonte: https://multinews.sapo.pt/noticias/covid-19-antes-de-julho-vamos-largar-as-mascaras-aponta-especialista/