Covid-19: Peritos apostam na vacinação, testagem, medidas sanitárias e gestão de risco

Os peritos que aconselham o Governo na gestão da pandemia de covid-19 recomendaram a necessidade de manter a aposta na vacinação, na testagem e nas medidas sanitárias, além de uma maior responsabilização dos cidadãos na gestão do risco. Segundo uma intervenção da investigadora Raquel Duarte na reunião de especialistas e políticos no Infarmed, em Lisboa, em 16 de setembro, a equipa de peritos entendeu que é essencial “continuar a apostar na vacinação e antecipar desde já a eventual necessidade de reforço massivo”, através de um plano que vá além dos cuidados de saúde primários para assegurar a resposta dos serviços de saúde, identificando idosos e populações vulneráveis como prioritários para receberem uma terceira dose de vacina contra a covid-19. A testagem foi igualmente defendida pela especialista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto. Neste aspeto, sobressaiu a defesa de um ajuste nas estratégias de testagem, através da “identificação de populações de maior risco e promoção dos testes gratuitos” em locais validados e incluindo grupos vacinados. Em associação com a testagem, surgiu o apelo à continuação da monitorização atenta de variantes do vírus SARS-CoV-2, com foco na rápida caracterização de…

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Covid-19: As fases de um desconfinamento que dependeu da vacinação e o que pode mudar na terceira e última fase do plano

Portugal continental poderá entrar nos próximos dias na última fase do plano de desconfinamento apresentado pelo Governo no final de julho, quando o país atingir a meta de 85% da população vacinada contra a covid-19. Com o país ainda em estado de calamidade, este novo plano entrou em vigor a 1 de agosto, numa altura em que 57% da população portuguesa já tinham a vacinação completa, mais de 5,8 milhões de pessoas. A segunda etapa do plano estava prevista para o início de setembro, coincidindo com os 70% da população totalmente vacinada, mas o bom ritmo da vacinação em massa dos portugueses levou o Governo a antecipar em quase duas semanas o levantamento das restrições. A terceira e última fase está prevista para quando 85% dos portugueses estiverem totalmente vacinados, um objetivo que poderá ser alcançado já nos próximos dias, uma vez que, segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde de terça-feira, 83% portugueses já concluíram a sua vacinação. A onda que suspendeu o desconfinamento Entre maio e julho deste ano, Portugal assistiu a uma nova onda pandémica, que atirou o país para a zona vermelha da matriz de risco de…

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COVID-19: Janssen defende necessidade de duas doses. Níveis de anticorpos aumentam “quatro a seis vezes”

A vacina contra o coronavírus do laboratório norte-americano Johnson & Johnson é mais eficaz quando administrada em duas doses, de acordo com novos dados divulgados pela empresa. O imunizante da Janssen, subsidiária europeia da Johnson & Johnson, foi originalmente desenvolvido como uma vacina de dose única, mas com uma segunda dose injetada cerca de dois meses (56 dias) após a primeira, os níveis de anticorpos observados aumentaram "quatro a seis vezes", de acordo com um comunicado da empresa. A eficácia da vacina contra casos sintomáticos da doença pelo menos 14 níveis dias após a dose de reforço foi de 75% e de 100% contra casos graves, com base em dados de um ensaio clínico realizado em vários países em pessoas a partir de 18 anos. Nos Estados Unidos, a eficácia contra os casos sintomáticos (moderados a graves) foi de 94% com essa dose de reforço. Em comparação, os dados mais recentes do ensaio clínico de dose única original mostraram que a eficácia da droga nos Estados Unidos contra casos sintomáticos era de 70%. Segundo a Johnson & Johnson, variantes do coronavírus reduzem a eficácia da vacina contra os casos graves. A…

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Johnson & Johnson garante que segunda toma da vacina aumenta proteção contra a Covid-19 para 94%

Os resultados dos ensaios clínicos indicam que o reforço da vacina de toma única, administrado dois meses depois, revelam que os níveis de anticorpos aumentaram de quatro para seis vezes mais do que os observados após a administração de apenas uma dose da vacina. A Johnson & Johnson anunciou, esta terça-feira, que uma segunda vacina da sua vacina Covid-19, dada com dois meses de diferença, aumenta a eficácia para 94%  contra formas moderadas a graves da doença. A empresa agora “demonstrou provas de que uma vacina de reforço [uma segunda dose] aumenta ainda mais a proteção contra Covid-19”, explicou Paul Stoffels, diretor científico da Johnson & Johnson, em comunicado. Segundo os ensaios clínicos realizados pela farmacêutica, a empresa explica que “quando um reforço da vacina Johnson & Johnson contra a Covid-19 é administrada dois meses após a primeira vacina, os níveis de anticorpos aumentaram de quatro para seis vezes mais do que os observados após a administração de apenas uma dose da vacina”. “Quando uma dose de reforço da vacina Covid-19 da Johnson & Johnson foi dada seis meses após a toma única, os níveis de anticorpos aumentaram nove vezes uma…

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Qual das vacinas contra a Covid-19 tem maior nível de eficácia a evitar hospitalizações no mundo real, segundo o CDC

Um estudo realizado pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos sobre a eficácia das vacinas da Moderna, da Pfizer e da Johnson verificou que a vacina da Moderna é mais eficaz do que as restantes no que toca a evitar internamentos, distanciando-se em mais de 20% da vacina Janssen, que ocupa o terceiro lugar da lista. A vacina da Moderna proporciona uma proteção de 93% relativamente a evitar internamentos hospitalares, seguindo-se a da Pfizer-BioNTech com 88% e a Janssen com 71% de eficácia. O estudo do CDC dos Estados Unidos, divulgado na última sexta-feira, envolveu mais de 3600 adultos hospitalizados com suspeitas de Covid-19, em 21 hospitais norte americanos, entre março e agosto. Destes, 1682 receberam resultados positivos no teste à Covid-19, enquanto os outros foram considerados grupo de controlo.  “Entre os adultos dos EUA sem condições imunocomprometedoras, a eficácia da vacina contra a hospitalização por Covid-19 durante 11 de março a 15 de agosto de 2021 foi maior para a vacina Moderna (93%) do que a vacina Pfizer-BioNTech (88%) e a vacina Janssen (71 %)”, pode ler-se no relatório semanal do CDC sobre morte e…

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Certificados de vacinação falsos podem custar 150 euros em Portugal

Há cada vez mais anúncios para a venda de certificados de vacinação falsos, com grupos do Telegram a chegaram aos 300 mil membros. Segundo a Check Point Technologies, o mercado negro para a venda de certificados falsos de vacinação está com um crescimento exponencial. A especialista em cibersegurança diz que tanto o número de anunciantes como subscritores dispararam, tendo multiplicado 10 e 12 vezes, respetivamente. E em Portugal já se encontra documentos falsos por volta dos 150 euros. A especialista alerta ainda para as novas técnicas de venda, que utilizam bots para criar certificados “on demand”. A Check Point diz que o certificado de vacinação falso expandiu-se para 29 países, com estreia de Portugal na lista, juntamente com a Áustria, Brasil, Letónia, Lituânia, Malta, Singapura, Tailândia e Emirados Árabes Unidos. Em agosto, a especialista tinha identificado 1.000 anunciantes no Telegram, mas atualmente diz que existem 10 mil utilizadores a oferecer a venda de certificados de vacinação falsos. O crescimento da oferta justifica-se pelo aumento da procura, que na rede social Telegram os vendedores organizam-se em grupos. Diz que recentemente houve uma aceleração do número de subscritores, com alguns grupos a chegarem…

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PSP diz que está atenta a ameaças de grupos negacionistas e antivacinas

A PSP está atenta à escalada de tensão por grupos negacionistas e anti-vacinas covid-19, adiantou hoje o porta-voz do Comando Nacional da Polícia, que vincou que a situação está a ser integrada na avaliação de risco. “É público que a postura deste grupo de cidadãos que se afirmam como negacionistas tem vindo a ser alterada e é algo que nós integramos na avaliação das medidas de segurança. Consoante a evolução da situação, estamos permanentemente a monitorizar a eficácia das medidas que estão implementadas no sentido de garantir que são as necessárias ou se se justificam outras ou até mais medidas”, disse à Lusa o intendente Nuno Carocha. Sem querer comentar o reforço de segurança de qualquer pessoa em particular, o porta-voz da PSP disse que as autoridades têm tido “uma postura assertiva” perante estes grupos de cidadãos em todos os eventos, “sem colidir com o usufruto desse direito constitucional” de se reunirem e manifestarem publicamente. O Expresso publicou hoje que as autoridades estariam a planear um reforço da segurança de alguns políticos, nomeadamente ministros, face aos recentes incidentes que envolveram o coordenador da ‘task force’ da vacinação, vice-almirante Gouveia e Melo…

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Vacinas por via intranasal, uma nova linha de combate contra a Covid-19 e que pode reduzir a transmissão

Uma nova linha de combate contra a Covid-19 surge no horizonte: as vacinas por via intranasal, um método promissor nos testes animais, mas que ainda precisa de ser confirmado entre seres humanos. Os dados preliminares apontam para um elevado nível de proteção e uma maior capacidade de reduzir a transmissão do que as vacinas já disponíveis. Os testes clínicos em animais na França estão a apresentar resultados, a tal ponto que dois organismos públicos, o Inrae e a Universidade de Tours, apresentaram um pedido de patente para um modelo. A diretora da equipa de pesquisa BioMAP da universidade, Isabelle Dimier-Poisson, afirmou que os testes em ratos apresentaram "100% de sobrevivência" nos exemplares vacinados desta forma e depois infectados com a covid-19. Todos os ratos não vacinados faleceram, informou a cientista. "Os animais vacinados estão 100% protegidos contra as formas sintomáticas e, a princípio, contra as formas graves do vírus. E como têm carga viral muito reduzida, deixam de ser contagiosos, o que é um dos aspectos interessantes da via nasal", destacou Philippe Mauguin, presidente do Inrae, um instituto de investigação. Num artigo publicado em julho na revista Science, os cientistas Frances…

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Idosos com queda abrupta de anticorpos quatro meses após vacinação

Um estudo divulgado esta quinta-feira verificou que há uma diminuição substancial de anticorpos em pessoas com mais de 70 anos quatro meses após a toma da segunda dose da vacina contra a Covid-19. A imunidade conferida pela vacina contra a Covid-19 em pessoas a partir dos 70 anos diminui de forma acentuada quatro meses após a segunda dose. Os dados são de um estudo divulgado esta quinta-feira pelo Algarve Biomedical Center (ABC) e pela Fundação Champalimaud, citados pelo Público. Na amostra analisada, que teve a participação de 5.174 pessoas — 2.303 funcionários de estruturas residenciais para idosos (ERPI) do Algarve e Alentejo e 2.871 funcionários –, a presença de anticorpos em funcionários foi de 78,6% e em utentes de 46,2%, sendo que as análises foram realizadas na segunda semana de agosto. O estudo verificou que o número de anticorpos decresce substancialmente ao quarto mês após a vacinação completa, uma quebra mais acentuada nos utentes mais velhos (de 89% para 48%). Nos trabalhadores, os anticorpos diminuem de perto dos 90% para 80%. “A partir dos quatro meses acentua-se a diferença entre os funcionários e os utentes, mantendo-se a taxa de anticorpos estável…

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Covid-19: certificado de vacinação pode deixar de ser obrigatório em alguns locais

Esta pode ser uma das medidas que vai sair do encontro desta quinta-feira, 16 de setembro, no Infarmed. O certificado de vacinação pode deixar de ser obrigatório para entrar em alguns locais. A convicção, partilhada à Renascença por Gustavo Tato Borges, o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública (AMSP), pode ser uma das novas medidas que vão sair do encontro desta quinta-feira, 16 de setembro, no Infarmed. “Também me chegou aos ouvidos o fim da obrigatoriedade da apresentação do certificado de vacinação, de testagem ou de recuperação para acesso a alguns locais, o que, tendo em conta a elevada cobertura vacinal em Portugal, esta medida de controlo e vigilância deixa de fazer sentido”, revelou à emissora Gustavo Tato Borges, que antecipa algumas das informações que podem mesmo sair do encontro no Infarmed. Para além do fim da obrigatoriedade na apresentação de certificado de vacinação da Covid-19, o presidente da AMSP afirma também que a próxima fase de desconfinamento terá, em princípio, uma “abertura progressivamente maior”, nomeadamente em locais como “estádios de futebol, espaços de dança ou bares”. Ainda segundo as mesmas declarações à “Renascença”, Gustavo Tato Borges vem contrariar…

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