A task force garante que as perturbações de agendamento dos últimos dias “já estão identificadas”, estimando que este processo misto funcione “sem problemas significativos” na próxima semana.
A task force que coordena a vacinação contra a Covid-19 garantiu esta terça-feira que as perturbações de agendamento dos últimos dias “já estão identificadas”, estimando que este processo misto funcione “sem problemas significativos” na próxima semana.
“Todas as perturbações já estão identificadas, estando em curso a correção tão expedita quanto possível, estimando-se que este processo de agendamento misto esteja a funcionar sem problemas significativos na próxima semana”, adiantou à Lusa fonte da estrutura liderada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
Em causa está a grande afluência de pessoas para receberem a vacina em alguns centros de vacinação, resultante de uma sobreposição de agendamentos, como aconteceu nos últimos dias em Sintra e em Coimbra, o que resultou em grandes ajuntamentos de utentes e, em alguns casos, em várias horas de espera para serem atendidos.
Segundo a task force, desde 23 de abril, dia em que entrou em funcionamento o portal destinado ao auto agendamento para a vacinação, cerca de 206 mil pessoas já se inscreveram para tomar a vacina contra a Covid-19.
“Com a entrada da fase 2 do plano de vacinação e uma maior disponibilidade de vacinas por parte das empresas farmacêuticas fornecedoras, o ritmo de vacinação encontra-se em aumento significativo, prevendo-se, nas próximas semanas, atingir um ritmo diário de cerca de 100 mil inoculações”, reiterou a mesma fonte.
Para atingir este objetivo, foi criado um novo processo de agendamento, passando de um sistema local, controlado pelas diversas administrações regionais de saúde a agrupamentos de centros de saúde, para um sistema misto.
Este novo sistema, de acordo com a task force que coordenada a vacinação, é constituído por uma “parte local e uma parte controlada centralmente, onde é possível, por exemplo, a realização de auto agendamento por parte do utente”.
De acordo com a estrutura coordenada por Gouveia e Melo, esta mudança tem levado a um incremento “muito significativo de agendamentos” e à libertação de profissionais de saúde que se encontravam envolvidos no agendamento local, contribuindo para o aumento do ritmo de vacinação.
“Sem esta mudança não seria possível atingir o ritmo de vacinação necessário”, assegurou ainda a task force à Lusa, ao considerar que neste processo de mudança de sistema, “maciço e complexo, é normal que decorram perturbações pontuais”.
O portal do auto agendamento permite que os utentes com mais de 65 anos – faixa etária que está a ser vacinada independentemente de qualquer doença – possam escolher o dia e o ponto de vacinação em que pretendem ser vacinados.
No caso de não haver vagas disponíveis, os utentes podem optar por ficar em lista de espera naquele ponto de vacinação ou escolher uma data noutro ponto de vacinação. O sistema prevê que o utente receba uma mensagem SMS com a hora precisa em que será vacinado no dia e no ponto de vacinação escolhido.