Continuam a surgir em todo o mundo estudos que relacionam a vacina contra o coronavírus da AstraZeneca à formação de coágulos sanguíneos. Mas será que é realmente motivo de preocupação?
De acordo com os últimos dados divulgados pela Public Health England (PHE), o serviço de saúde do Reino Unido, o risco de desenvolver coágulos sanguíneos após a vacinação contínua a ser mínimo.
Mais do que à vacinação, evidências cientificas mostram que este tipo de eventos está associado à infeção natural por Covid-19, com mais de um quinto dos pacientes hospitalizados com a doença a ter evidências de coágulos de sangue, observa o PHE.
Quanto à possibilidade de a segunda toma aumentar o risco de coágulos sanguíneos, não está provado. A 28 de abril de 2021, dos 242 casos suspeitos notificados à Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA) após a toma da vacina da AstraZeneca, apenas um pequeno número de casos foi reportado aquando da segunda dose.
O Comité Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) – o grupo que acompanha o governo britânico no processo de vacinação – concluiu que não há preocupações de segurança após a segunda dose da vacina.
Por esse motivo, JCVI informa que aqueles que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca devem receber a segunda, a menos que tenham desenvolvido esta síndrome específica de trombose e trombocitopenia após a primeira dose ou tenham tido uma reação anafilática.
A JCVI considera que continua a não haver preocupações de segurança para este evento adverso extremamente raro após o recebimento de uma segunda dose da vacina AstraZeneca.