Numa altura em que a ciência está cada vez mais evoluída, um grupo de cientistas portugueses descobriu três medicamentos capazes de enfraquecer o vírus que causa a Covid-19, avança o ‘Diário de Notícias’ (DN).
Segundo a mesma publicação, os investigadores, que pertencem ao Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa (ITQB NOVA), em Oeiras, descobriram uma alternativa terapêutica para fragilizar o vírus, desenvolvida em tempo recorde.
Com este avanço, será possível evitar que a doença desenvolva para um estado mais grave, permitindo que se mantenha com sintomas semelhantes aos de uma constipação.
Cecília Arraiano, coordenadora da investigação e diretora do Laboratório de Controlo da Expressão Génica, do ITQB NOVA, explica que com estes fármacos, a infeção será bem mais controlada.
“De forma muito simples, pode dizer-se que em vez de as pessoas desenvolverem doença grave e terem de ir parar ao hospital, poderão ficar em casa com uma constipação a assoar-se”, esclareceu, citada pelo ‘DN’.
Neste momento, o projeto encontra-se concluído, mas na fase da investigação laboratorial, faltando apenas aguardar pelo fim do processo de registo de patente para avançar para a fase seguinte.
“A partir daqui, é trabalho para a indústria farmacêutica. São os ensaios clínicos em humanos, já não depende de nós”, refere a responsável, mostrando-se entusiasmada com o feito alcançado.
Para a cientista, a equipa conseguiu “transformar um lobo num cão. Imagine o que é termos medicamentos baratos que irão tratar diretamente a infeção pelo SARS-CoV-2, permitindo que as pessoas fiquem em casa”, refere.
Como o processo de registo de patente ainda não está terminado, não se podem revelar quais os três fármacos descobertos. “Isso virá depois”, indica Cecília Arraiano ao jornal.
“Mas já temos uma garantia. É que, dos três fármacos descobertos, dois estão aprovados pelas autoridades do medicamento internacionais, nomeadamente pelo regulador dos EUA, a FDA [Food and Drugs Administration], e já são usados para outras doenças, o outro está em vias disso. Portanto, não fazem mal às pessoas”, explica.
