A variante Delta da Covid-19 continuou com uma prevalência de 100% em todo o país na última semana analisada, ainda que desde o final de agosto se tenham registado quatro casos da Gamma (brasileira).
A conclusão é do mais recente relatório da “Diversidade Genética do novo coronavírus”, divulgado esta terça-feira pelo Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA).
“A variante Delta (B.1.617.2) apresenta uma frequência relativa de 100% na semana ISO 37 (13 a 19 de Setembro) em todas as regiões, de acordo com os dados apurados até à data”, pode ler-se.
Segundo o INSA, do total de sequências da variante Delta analisadas até à data (n=8016), 66 apresentam a mutação adicional K417N
na proteína Spike (sub-linhagem AY.1 – Delta Plus)”, contudo, “não foi detetado qualquer caso associado a esta sub-linhagem desde a semana 33 (16 de agosto)”, acrescenta.
“Relativamente à variante Gamma (P.1), à semelhança da semana 35 (30 agosto), foram detetados mais dois casos na semana 36 (9 de setembro). Estas quatro sequências P.1 apresentam a mutação adicional de interesse P681H na proteína Spike”, adianta o organismo.
O INSA sublinha que as “alterações nesta posição têm sido associadas a algumas variantes com acrescida capacidade de transmissão,
tais como a Alpha e a Delta” e adianta que “a análise genética sugere a existência de uma associação epidemiológica entre três destes
casos, todos detetados na região do Alentejo”.