A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou esta quarta-feira uma definição formal para a “Long Covid” pela primeira vez, com o intuito de fornecer informação sobre uma das condições que mais preocupa na pandemia.
Esta é a definição da “condição pós-Covid-19”, o nome proposto pela Classificação Internacional de Doenças da OMS.
“A condição pós-COVID-19 ocorre em indivíduos com história de infecção por SARS-CoV-2 provável ou confirmada, geralmente três meses a partir do início da COVID-19, com sintomas que duram pelo menos dois meses e não podem ser explicados por um diagnóstico alternativo ”, refere a definição.
“Os sintomas comuns incluem fadiga, falta de ar, disfunção cognitiva, mas também outros que geralmente têm impacto no funcionamento diário. Os sintomas podem ser novos sintomas, após a recuperação inicial de um episódio agudo de COVID-19 ou persistir desde a doença inicial. Os sintomas também podem ser voláteis ou reincidir ao longo do tempo”, pode ler-se na classificação citada pela CNBC.
“Dentro de toda a OMS, este tem sido um grande problema para nós”, explicou Mike Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, referindo-se à dificuldade em concentrar um leque de sintomas tão variado e disperso numa mesma definição.
“Temos de permanecer vigilantes, esta pandemia não acabou e continua a causar doenças, continua a causar morte, mas também continua a causar consequências de longo prazo para as pessoas em todo o mundo”, disse o especialista.
A OMS estimou que 10% a 20% dos pacientes com Covid-19 apresentaram sintomas persistentes ao longo de meses após a infecção. Esses sintomas prolongados podem incluir fadiga persistente, falta de ar, confusão mental e depressão.