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Máscaras: “Recomendação” de Graça Freitas gera confusão na comunidade escolar

A comunidade escolar ficou confusa depois da recomendação dada ontem pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, que disse que as máscaras seriam recomendadas em espaços como escolas.

Em declarações ao Diário de Notícias (DN), David Sousa, vice-presidente da ANDAEP (Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas), considera que a recomendação de Graça Freitas não bate certo com o referencial das escolas, divulgado a 31 de agosto.

Segundo o documento, o uso da máscara é obrigatório em todos os espaços escolares, para as crianças e jovens a partir dos 10 anos, e “no caso dos alunos a partir do 2.ºciclo do ensino básico, independentemente da idade”.

“As orientações de 31 de agosto são claras em relação ao uso da máscara. As declarações da diretora-geral da Saúde não parecem estar de acordo com o que está escrito. Do ponto de vista das orientações escritas, é muito claro: a máscara é obrigatória. A expressão usada na audição não deveria ter sido “recomendável”, mas sim “obrigatória””, defende David Sousa, citado pelo jornal.

Para o vice-presidente da associação, “enquanto não houver um documento escrito dizendo o contrário, é isso que as escolas devem cumprir” e será esta a decisão que a ANDAEP “vai recomendar manter nas escolas”, afirmou.

“Neste momento, e sem prejuízo que se possa fazer alguma alteração, é preciso ter o máximo de cuidado porque está visto que a vacinação não nos protege a 100 por cento e que precisamos de ser cautelosos. Tirar a máscara confere uma possibilidade maior de ir novamente para casa em confinamento”, referiu ao ‘DN’.

Por sua vez, Jorge Ascensão, presidente da CONFAP (Confederação Nacional das Associações de Pais), considera que deveria haver uma maior clareza nas medidas a adotar nas escolas.

“Cria alguma incompreensão nas escolas para saber se usam ou não a máscara, se são obrigados ou não a usá-la nos recreios. As decisões devem ser explicadas claramente e deve ser esclarecido, também, o que está na base das mesmas. Houve tanta pressão para vacinar os jovens e estas decisões não são coerentes e não fazem muito sentido. Convém que se perceba claramente as regras” indica ao jornal.

Concretamente sobre as declarações de Graça Freitas, o responsável mostra-se “surpreendido”, ainda que diga “confiar nas autoridades de saúde”. “Estando ao ar livre e com jovens vacinados, gostaríamos que não fosse necessária a utilização de máscara. Esperemos que seja bem explicada essa necessidade”, defende.

fonte: https://multinews.sapo.pt/noticias/mascaras-recomendacao-de-graca-freitas-gera-confusao-na-comunidade-escolar/