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Covid-19: Instituto brasileiro encontra em São Paulo variante detetada na Suécia

Investigadores brasileiros do Instituto Butantan identificaram, pela primeira vez, no Estado de São Paulo, a presença de uma estirpe do novo coronavírus detetada na Suécia (B.1.1.38), informou a instituição científica.

Além dessa variante, os investigadores encontraram um novo caso da variante sul-africana, a B.1.351, e uma mutação (N9) da P.1, a variante detetada da Amazónia brasileira e já identificada em vários Estados.

“As novas cepas [estirpes] foram encontradas na Baixada Santista (B.1.351, variante sul-africana, já identificada em Sorocaba), em Itapecerica da Serra (B.1.318, variante encontrada na Suécia e também no Reino Unido) e em Jardinópolis (N9, uma mutação da P.1, a variante amazónica, já encontrada em vários estados)”, indicou o Butantan em comunicado.

Contudo, o Instituto explicou que, ao contrário das estirpes B.1.351 e P1, que são consideradas “variantes de preocupação”, a estirpe detetada na Suécia (B.1.1.38) é tida como uma “variante de interesse”, o que indica que ela é acompanhada com atenção, mas ainda não foi vinculada ao agravamento da pandemia, assim como a N9.

“A variante sul-africana é de preocupação, enquanto a N9 e a sueca são, por enquanto, variantes de interesse. Ainda é cedo para dizer, porém, se elas são mais transmissíveis ou mais agressivas do que as variantes brasileiras já amplamente descritas, a P1 e a P2”, aponta ainda o comunicado.

Todas as análises foram feitas em amostras recolhidas na semana passada, através do sequenciamento genómico de parte das amostras positivas diagnosticadas nos laboratórios do Instituto.

A identificação e mapeamento de novas estirpes e mutações é outra frente de atuação do Butantan na pandemia, que produz no Brasil a Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela chinesa Sinovac.

Estudos da Sinovac indicam que essa vacina é eficaz contra a mutação D614G do vírus SARS-CoV-2, que predomina atualmente no mundo e é comum às linhagens B.1.1.28 (da qual derivam as variantes P.1, amazónica, e P.2, surgida no Rio de Janeiro) e B.1.1.33 (da qual deriva a variante N9), explicou o Butantan.

Além disso, dados iniciais de um estudo preliminar apontam que a Coronavac é capaz de combater as variantes P.1 e P.2.

“A partir das descobertas de novas estirpes, os cientistas do Butantan pesquisam como as variantes se comportam em relação ao estado clínico, qual sua relevância no contexto da pandemia e se a Coronavac é capaz de combatê-las”, acrescentou o Instituto, vinculado ao Estado de São Paulo, foco da pandemia no Brasil.

O Brasil enfrenta atualmente a pior fase da pandemia, com escassez de medicamentos, oxigénio e hospitais em colapso, e totaliza 391.936 óbitos e 14.369.423 infeções.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.109.991 mortos no mundo, resultantes de mais de 147 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

fonte: https://multinews.sapo.pt/atualidade/covid-19-instituto-brasileiro-encontra-em-sao-paulo-variante-detetada-na-suecia/