O intervalo recomendando entre as duas doses da vacina Comirnaty, da farmacêutica Pfizer/BioNtech, contra a Covid-19 passa a ser de 21 a 28 dias, segundo uma norma da Direção-Geral da Saúde hoje publicada.
A norma hoje divulgada atualiza a norma 021/2020, de 23 de dezembro de 2020, com o assunto “Campanha de Vacinação contra a Covid-19 – Vacina Comirnaty” no que respeita ao tempo de espera entre as duas doses da vacina, que a 01 de março tinha sido alargado de 21 para 28 dias.
Na altura, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales explicou, em conferência de imprensa que tinha sido “uma decisão com amplo consenso técnico da Direção-Geral da Saúde e do Infarmed” e que iria permitir a vacinação de mais 100 mil pessoas até ao final de março.
Na passada sexta-feira, o coordenador da ‘task force’ da vacinação contra a covid-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, defendeu um encurtamento do prazo entre as duas tomas da vacina da Pfizer/BioNtech.
Em declarações à margem de uma ação de promoção da vacinação com jovens, no Parque das Nações, em Lisboa, Gouveia e Melo recordou que já foi reduzido anteriormente o prazo entre tomas das duas doses da vacina da AstraZeneca e defendeu uma decisão similar para a vacina da Pfizer/BioNtech, sobretudo perante a chegada de um milhão de vacinas dessa farmacêutica.
Na norma hoje emitida, a Direção-Geral da Saúde atualiza o esquema vacinal da Comirnaty, recomendando que o intervalo entre as duas doses seja de 21 a 28 dias.
Até domingo, já tinham sido administradas em Portugal, incluindo as regiões autónomas, 12,2 milhões de doses de vacinas.
Nesta data, sete milhões de pessoas tinham pelo menos uma dose da vacina (68,2% da população) e 5,8 milhões de pessoas (56,5%) a vacinação completa.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.234.618 mortos em todo o mundo, entre mais de 198,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.378 pessoas e foram registados 972.127 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.