O Japão suspendeu hoje a utilização de 1,63 milhões de doses da vacina da farmacêutica norte-americana Moderna contra a covid-19, depois de encontradas impurezas em três lotes distribuídos no país.
O grupo farmacêutico japonês Takeda, importador e distribuidor no país da vacina da Moderna, declarou ter recebido “informações de vários centros de vacinação, de acordo com os quais corpos estranhos foram descobertos em embalagens de vacina selados e de lotes específicos”, de acordo com um comunicado.
“Depois de consultas com o Ministério da Saúde [japonês], decidimos suspender a utilização da vacina” daqueles lotes, a partir de hoje, acrescentou o grupo, que pediu um “inquérito urgente” à Moderna.
Sem avançar a natureza das impurezas detetadas, a farmacêutica Takeda indicou desconhecer, até ao momento, qualquer informação sobre eventuais riscos para a saúde relacionados com as doses em causa.
Por seu lado, o Ministério da Saúde japonês declarou que ia cooperar com a Takeda para distribuir doses alternativas para evitar uma interrupção do programa de vacinação, que acelerou nos últimos meses.
Cerca de 43% da população japonesa está totalmente vacinada, mas isso não impediu o país de se debater, presentemente, com novos máximos de casos, devido à variante delta, mais resistente e contagiosa.
Na quarta-feira, o Governo japonês alargou o estado de emergência de 13 para 21 prefeituras, mas 33 das 47 das prefeituras nipónicas são alvo de medidas restritivas para tentar contar a propagação da covid-19.
Desde o início da pandemia, o país contabilizou 15.768 mortes e 1.368.890 casos, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
A covid-19 provocou pelo menos 4.451.888 mortes em todo o mundo, entre mais de 213,1 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.674 pessoas e foram contabilizados 1.025.869 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.