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Covid-19: Pedidos de objeções religiosas aumentam nos EUA para evitar vacinação

Cerca de 3.000 funcionários do Departamento de Polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos, estão a citar objeções religiosas para não serem vacinados contra a covid-19, segundo a agência Associated Press (AP).

Também em Washington, milhares de trabalhadores do Estado procuram isenções semelhantes para não serem vacinados, refere a AP, adiantando ainda que um hospital do Arkansas tem sido inundado com pedidos de funcionários que aparentemente estão a fazer ‘bluff’.

As objeções religiosas, outrora usadas com moderação em todo o país para evitar tomar as várias vacinas necessárias, estão a tornar-se um argumento muito mais utilizado pelos norte-americanos para se escusarem a receber a vacina contra a covid-19.

A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, reconhece que uma pequena minoria de americanos usará – e alguns podem tentar explorar – isenções religiosas, mas disse acreditar que mesmo melhorias marginais nos níveis de vacinação salvarão vidas.

Segundo a AP, ainda não é claro quantos funcionários federais pediram uma isenção religiosa, mas as intenções aumentam à medida que os mandatos da vacina aumentam.

Na passada quinta-feira, O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou a vacinação obrigatória contra a covid-19 para todos os funcionários do governo federal e lançou também um plano para forçar a maioria dos trabalhadores das empresas privadas do país a serem vacinados com o objetivo de tentar aumentar as taxas de vacinação no país.

Estes mandatos de vacinação aplicam-se também aos funcionários da maioria dos estabelecimentos de saúde dos EUA que recebem subsídios federais dos programas Medicare ou Medicaid, afetando cerca de 50 mil prestadores de cuidados de saúde no país.

O plano de Biden incluiu as escolas do país, onde em alguns casos já ocorreram surtos que obrigaram ao encerramento, com o anúncio de vacinação obrigatória para cerca de 300 mil professores num programa de educação precoce conhecido como Head Start.

Nos estados norte-americanos, os requisitos de máscara e vacina variam, mas a maioria oferece isenções para determinadas condições médicas ou objeções religiosas ou filosóficas.

A utilização destas isenções, nomeadamente pelos pais em nome dos seus filhos que frequentam a escola tem vindo a crescer ao longo da última década.

O subsídio foi consagrado na Lei Federal dos Direitos Civis de 1964, que diz que os empregadores devem fazer acomodações razoáveis para os funcionários que se opõem aos requisitos de trabalho devido a crenças religiosas “sinceramente realizadas”.

Uma crença religiosa não tem de ser reconhecida por uma religião organizada, e pode ser nova, invulgar ou “parecer ilógica ou irracional para os outros”, de acordo com as regras estabelecidas pela Comissão para a Igualdade de Oportunidades de Emprego, mas não se pode basear apenas em ideias políticas ou sociais.

Isso coloca os empregadores na posição de determinar o que é uma crença religiosa legítima e o que é um desvio.

fonte: https://multinews.sapo.pt/atualidade/covid-19-pedidos-de-objecoes-religiosas-aumentam-nos-eua-para-evitar-vacinacao/