O primeiro-ministro, António Costa, voltou a mostrar-se otimista em relação à evolução da pandemia em Portugal, mas ao mesmo tempo cauteloso.
Em declarações aos jornalistas numa visita ao Agrupamento de Escolas Dona Filipa de Lencastre, o responsável começou por deixar “uma palavra de agradecimento, agora que estamos a chegar à fase em que, graças à vacinação, podemos começar a encarar a pandemia como estando controlada”.
Costa agradeceu a “todas e todos aqueles que não deixaram a escola parar, mesmo quando a escola teve fisicamente de encerrar para podermos controlar a pandemia”, disse sublinhando que apesar dos “momentos muito difíceis, houve um esforço extraordinário para que a escola não abandonasse os seus alunos”.
“Foi um esforço muito grande dos professores, foi um esforço muito grande das famílias, dos alunos, do pessoal auxiliar. E queria agradecer profundamente, neste momento em que se avizinha que podemos estar definitivamente num ponto de viragem e podemos ter, finalmente, um ano letivo que podemos encarar com a confiança de poder começar e durar sem sobressaltos”, disse o governante.
Apesar do otimismo, o primeiro-ministro deixou um aviso: “Hoje não é só o primeiro dia do resto das nossas vidas”, porque “as nossas vidas vão ter de continuar a ser diferentes. Nós vamos continuar a ter as medidas de segurança para evitar que a pandemia se descontrole e temos, sobretudo, de fazer um esforço acrescido para que uma das marcas que a Covid deixou não perdure na nossa sociedade”, ressalvou.
“Todos tivemos consciência de que a interrupção do ensino presencial aumentou as desigualdades e perturbou o desenvolvimento normal das crianças e o processo de aprendizagem normal”, disse Costa. “Essa é uma marca que não pode ficar para a vida e que temos de conseguir ultrapassar ao longo dos próximos dois anos letivos”, concluiu.